sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

Sessão da tarde

Em meio à baixa qualidade dos filmes do gênero de hoje em dia, essa obra-prima dos anos 80 é o mais perto que podemos chegar de sermos crianças novamente.

Conta Comigo é muito mais do que um filme sobre amizade; é também um complexo retrato dos jovens que, por mais que os anos passem, sempre serão os mesmos. A história é baseada em um conto de Stephen King (The Body) e é também a sua obra mais pessoal: tudo remete claramente a uma fase de sua vida; seu irmão morto em um acidente de carro, o fato de o personagem principal ser um escritor famoso quando velho e diversas outras metalinguagens pessoais. Na trama, quatro jovens amigos ficam sabendo do paradeiro de um cadáver de um jovem desaparecido a poucos quilômetros de onde moram e, visando serem vistos como heróis por todos na pequena cidade, decidem achar o cadáver e fazer dele a ponte para o sucesso noticiário.
Dia: 26/12/10
Horário: Começo da tarde.
Local: à definir. Caso queiram ir é só me ligar.

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Sessão: Atendendo a pedidos.

Pela primeira vez estou atendendo a um pedido. E nele iremos exibir o emocionante documentário franco-hispânico feito na aldeia de Guliay-Polé, sobre a principal liderança dos camponeses na Revolução Ucraniana e militante anarquista, Nestor Makhno. Em espanhol. Após o término de uma parte, siga para a próxima nos vídeos relacionados mesmo.

Sinopse: 1917-1921 Ucrânia, experimentou o fervor revolucionário que levou à queda dos czares e da organização das sociedades cooperativas e autogestão. O exército de Nestor Makhno (1889-1934) defendeu que as autoridades da ocupação das tropas alemãs entraram em choque com os nacionalistas ucranianos que queriam um novo estado, e lutou contra o exército czarista Deninkin e Wrangel. Os bolcheviques eram aliados com Nestor para combater o inimigo comum. Mais tarde, e sem uma declaração de hostilidades, os guerrilheiros atacaram e esmagou os coletivos.

Hélène Chatelain, diretor do documentário Nestor Makhno, um camponês da Ucrânia, conta a história do movimento majnovista e recolher os testemunhos de historiadores e familiares dos protagonistas.

Quando: 11/12/10 (Sábado)
Local: Home of the Soneca.
Horário: À tarde. ( Quem quiser colar me ligue antes para eu pedir a permissão do dono da casa.)

sábado, 30 de outubro de 2010

Decálogo.


Neste feriado longo e interminavél o Cine Clube: Sala vazia apresenta Decálogo.

Sinopse: Trata-se de mais uma obra do grande diretor polonês Krzysztof Kieslowski. Na verdade, são 10 filmes de curta duração - uma hora - feitos para televisão polonesa, com histórias baseadas nos Dez Mandamentos. Destes dez filmes, dois deles foram adaptados para o cinema; são eles: Não Matarás; Não Amarás.

É difícil qualificar o que o diretor polonês Krzysztof Kieślowski (1941-1996) conseguiu realizar em sua obra "Decálogo" (1988), um projeto de dez médias-metragens. Seria um filme dividido em dez partes ou uma série para a televisão? Uma obra laica, já que nunca se refere a Deus, ou que possui uma teologia profunda, cujo título apenas faz referência? Seria uma obra que faz refletir sobre graves questões éticas que embasam o agir humano, ou, pelo contrário, apresenta a complexidade da vida humana, mostrando que qualquer lei moral ou valor ético são de um simplismo quase infantil?

O próprio Kieślowski nos ajuda a desfazer um pouco o mistério de sua obra. "Durante 6.000 anos, essas regras [os Mandamentos] estiveram inquestionavelmente certas. E, mesmo assim, nós as desobedecemos todos os dias. As pessoas sentem que algo está errado na vida. Há uma espécie de atmosfera que faz com que as pessoas, agora, se voltem para outros valores. Elas querem contemplar as questões básicas da vida, e provavelmente é essa a real razão para querer contar essas histórias [em 'Decálogo']".

Local: onde convidarem.
Horário: à combinar.

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Sessão Vingança!

Vingança: Consiste na retaliação contra uma pessoa ou grupo em resposta a algo que foi percebido ou sentido como prejudicial. Embora muitos aspectos da vingança possam lembrar o conceito de igualar as coisas, na verdade a vingança em geral tem um objetivo mais destrutivo do que construtivo. Quem busca vingança deseja forçar o outro lado a passar pelo que passou e/ou garantir que não seja capaz de repetir a ação nunca mais.

Esta sessão irá mexer com os seus instintos. Como há uma vasta lista de filmes que retratam este tema irei fazê-la em partes. Para esta parte 1 serão exibidos:


Oldboy

Sinopse: A história começa quando o personagem Oh Dae-su é seqüestrado e confinado numa prisão particular, sem que lhe seja dada justificativa alguma sobre o ato.

A clausura se estende por nada menos do que 15 anos, durante os quais o personagem fica sozinho num quarto com banheiro, tendo apenas uma televisão para mantê-lo em contato com as mudanças no mundo exterior. O quarto é impregnado regularmente por um gás sonífero, que precede a entrada dos seqüestradores, que assim limpam o local, cortam-lhe o cabelo ou costuram seus constantes ferimentos, sem que o prisioneiro troque quaisquer palavras com outros humanos. Sua única companhia é a TV.

Depois da libertação, Dae-su concentra-se exclusivamente na vingança. Quer descobrir quem o prendeu e o porquê. Mas a tarefa não é fácil; tem de se adaptar a 15 anos de “solitária” e ainda por cima é suspeito de um homicídio cometido durante o cativeiro. Mi-do, uma cozinheira de sushi de mãos frias vai ajudá-lo a procurar uma resposta para a pergunta que não lhe sai da mente.


Irreversible (Irreversível)

Sinopse:
O filme narra, de trás para frente, a história de uma vingança. A primeira seqüência mostra dois amigos desesperados, Marcus (Vincent Cassel) e Pierre (Albert Dupontel), saindo pelo submundo de Paris à procura do homem que teria estuprado e espancado Alex (Monica Bellucci), a atual namorada de Marcus e ex-namorada de Pierre. Em seguida, a narrativa volta passo a passo no tempo para mostrar como Marcus e Pierre descobriram o nome do autor do crime, recuando até o próprio estupro e os eventos que o antecederam.

Local: Onde convidarem

Horário: À combinar.

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Sessão nostalgia com soneca



Neste feriadão nada melhor do que recordar das coisas, para uma sessão nostalgica separei algumas das mais belas obras que já vi.

1º Filme: Azul (Bleu)

Sinopse: Dirigido por Krzysztof Kieslowski, um cara que sabia aflorar nas pessoas suas inquietações. Em Azul Kieslowski nos traz questões: de como superar a morte? Morrendo. Julie não é capaz de acabar com sua própria vida - é fraca. Perder a pequena filha e o marido, um famoso compositor, é demais para ela. Ter novamente a liberdade, de modo trágico, a fez acreditar que estar livre é estar preso àquelas pessoas. Ser livre é difícil, muito difícil. Como ela mantêm-se viva - fisicamente - ela se desfaz de tudo que a remeta à lembrança de sua família. Fecha-se no seu mundo. Nada mais importa, apenas ela - e acompanhamos tudo de bem perto, close atrás de close. Será que não ter lembranças, esquecer as recordações, os bens, os amigos são mesmo armadilhas? Para Julie, sim.


2º Filme: Asas do Desejo (Der Himmel ünder Berlin)

Sinopse: Na Berlim pós-guerra, dois anjos perabulam pela cidade. Invisíveis aos mortais, eles lêem seus pensamentos e tentam confortar a solidão e a depressão das almas que encontram. Entretanto, um dos anjos, ao se apaixonar por uma trapezista, deseja se tornar um humano para experimentar as alegrias de cada dia.

3º Filme: Fausto (Faust)

Sinopse: Baseado na famosa peça de Goethe de uma fábula alemã, temos Fausto, um velho alquimista que vê sua cidade ser assolada pela peste negra. Vendo tanta morte, começa a pensar sobre sua própria finitude. Ele então evoca Mefistófeles, e lhe pede sua juventude de volta e eterna. O demônio a garante, em troca da alma de Fausto. Tudo parecia perfeito, até este se apaixonar por uma jovem italiana. Marco absoluto no cinema alemão, é o último filme de Murnau no país.

O filme transpira expressionismo, desde os cenários, até as interpretações, passando pelo tema, fotografia e figurinos. O tema não poderia ser mais adequado: baseado na versão de Goethe para a clássica lenda alemã que conta a história do alquimista / médico que faz um pacto com o demônio Mefistófeles. Murnau concebe uma atmosfera mística a partir dos contrastes de iluminação, que remetem à pintura de Rembrandt.

Local: Home of the Soneca.
Horário: A combinar.
Dia: Neste feriadão.

terça-feira, 28 de setembro de 2010

Que Viva México! (Да здравствует Мексика!)

Ainda dando seguimento as comemorações do centenario da revolução mexicana apresentamos um projecto cinematográfico não terminado do cineasta vanguardista Sergei Eisenstein, sobre a cultura do México da época pré-hispânica até à revolução mexicana. A produção foi marcada por dificuldades e finalmente abandonada. Jay Leyda e Ziba Voynow denominam-no como o seu maior projecto de filme e maior tragédia pessoal. Eisenstein chegou ao México em Dezembro de 1930, patrocinado por Upton Sinclair e pela sua esposa Mary Kimbrough Sinclair.

Em 1933, Eisenstein, preocupado pela ingerência do sobrinho da Sra. Sinclair, pediu aos Sinclair mais fundos, mas foram-lhe recusados. Devido a se esgotar o visto do passaporte, Eisenstein viu-se obrigado a regressar à União Soviética por Nova Iorque enquanto os Sinclairs receberam o filme em Los Angeles.

O material original nunca foi montado. O material filmado foi reconstruído por outros sob os títulos de Thunder Over Mexico, Eisenstein in Mexico, Death Day e Time in the Sun. Em 1979 Grigori Aleksandrov, a partir dos storyboards originais de Eisenstein, compilou Da zdravstvuyet Meksika!, uma aproximação à montagem que aquele planeara.

Sinopse:

Versão original

O filme foi deixado inacabado por Eisenstein, e de qualquer modo nunca foi previsto ter um argumento linear. A história era altamente estruturada, e consistiria em quatro "novelas" ou "cenários" mais um prólogo e um epílogo. Como refere Bordwell, a ordem precisa e conteúdo destes episódios "mudava constantemente", mas "o filme no seu global descrevia a história do México dos tempos pré-coloniais, da conquista espanhola e indo até à época contemporânea".[9] Cada episódio teria um estilo próprio e distinto, seria "dedicado a um artista mexicano diferente", e teria sido "baseado em algum elemento primário (pedra, água, ferro, fogo, ar)". A banda sonora para cada caso iria ter uma canção folclórica mexicana distinta. Além disso, cada um dos episódios narraria a história de um par romântico; e "abarcando todas as partes estaria o tema da vida e morte, culminando na redicularização da morte".

Reconstrução de Aleksandrov

A estrutura do filme, na reconstrução de Aleksandrov, é de quatro episódios, mais um prólogo e um epílogo. O prólogo apresenta imagens alegóricas ao México pré-hispânico. O episódio "Sandunga" recria os preparativos de uma boda indígena em Tehuantepec. "Fiesta" aborda o ritual da "fiesta brava", enquanto "Maguey" encena a tragédia de um camponês vitimado por se rebelar contra o seu patrão. "Soldadera" (episódio não filmado) apresentaria o sacrifício de uma mulher revolucionária. O epílogo, também conhecido como "Dia de mortos", refere-se ao sincretismo das diversas visões que coexistem no México à volta do tema da morte.

Fonte texto: Wikipedia.

Local: Onde convidarem.
Horário: à combinar.
Classificação indicativa : Livre.

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Sessão de estréia em comemoração aos 100 anos da revolução mexicana: E estrelando Pancho Villa

Neste mês de estréia apresento o filme: E estrelando Pancho Villa (And starring Pancho Villa as himself )

Sinopse: Janeiro, 1914, Forte Lee, Nova Jersey, capital mundial do cinema. O diretor D.W. Griffith (Colm Feore) fica sabendo que o revolucionário mexicano Pancho Villa (Antonio Banderas) está oferecendo os direitos exclusivos ao estúdio de cinema que tiver interesse em filmar seu exército revolucionário em ação contra as forças federais do despótico presidente do México, Victoriano Huerta (José Concepción Macías). Ele venderá estes direitos por US$ 25 mil, em ouro, adiantados e mais 20% dos lucros. A razão desta atitude é que Pancho descobriu que está sem dinheiro para combater o exército de Huerta, pois uma campanha promovida pelo magnata William Randolph Hearst (Peter Gregory), que controla vários jornais, gerou um embargo imposto pelo presidente Wilson. Assim Pancho está sendo obrigado a comprar armas e munições no mercado negro, o que onera seus custos. Griffith se interessa pela proposta, pois considera Pancho um astro por estar sempre nas capas dos jornais. Ele então envia Frank Thayer (Eion Bailey) e uma equipe de cinema para Presidio, Texas, nas margens do Rio Grande, que é a fronteira entre o Texas e o México. Neste local há um terraço de onde se pode ver combates entre o exército de Pacho e as forças do governo. Deste terraço Eli Morton (Saul Rubinek), o contato de Frank na região, faz um sinal que significa que o representante do estúdio está ali. À noite Thayer é "contrabandeado" para o México, onde após um desentendimento o contrato é assinado. Harry Aitken (Jim Broadbent), o chefão do estúdio, convoca a imprensa e diz que Pancho Villa foi contratado. Logo Frank e sua equipe estão filmando no meio do combate, com balas passando perto de suas cabeças, mas o resultado não é o esperado, pois a filmagem foi feita em condições precárias. Então outro contrato é feito nas mesmas condições, mas Pancho se compromete a filmar com um diretor e elenco profissional todas as cenas que não ficarem boas.

Local: Onde convidarem.
Horário: à combinar.
Classificação indicativa : inadequado para menores de 14 anos.