quarta-feira, 5 de outubro de 2011

4ª Sessão: se você não viu, tem que ver!

Sinopse: Um planeta chamado Melancolia está prestes a colidir com a Terra, o que resultaria em sua destruição por completo. Neste contexto Justine (Kirsten Dunst) está prestes a se casar com Michael (Alexander Skarsgard). Ela recebe a ajuda de sua irmã, Claire (Charlotte Gainsbourg), que juntamente com seu marido John (Kiefer Sutherland) realiza uma festa suntuosa para a comemoração.

Quando: 15 ou 16 de outubro.
Local: onde convidarem!
Horário: à combinar.

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Sessão: Cinémathèque française


Bande à Part (Bande à Part / Band of Outsiders, 1964)

Sinopse: Dois rapazes tentam convencer uma garota a furtar quantia em dinheiro guardada no quarto de seu patrão, enquanto um deles vive com ela um pequeno romance. Pequena homenagem de Godard aos filmes de crime estadunidenses.

Bande à part é um filme francês, pertencente à nouvelle vague, dirigido por Jean-Luc Godard em 1964. A história, que adapta a novela estadunidense Fool's Gold, de Dolores Hitchens, é uma mescla de filme noir, comédia e drama. O próprio diretor a descreveu como "o encontro entre Alice e Franz Kafka".

Dia: 25 de setembro (Domingo)
Local: onde chamarem.
Horário: à combinar.

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Duas em uma: Sessão Underground 2 + Sessão It´s all true

Embora o filme seja de 1995 e a ação se passe na França, ele tem muito a ver com os atuais acontecimentos na Inglaterra.


Sinopse (do blog Cynicozilla): Policiais franceses, mais especificamente os de Paris, espacam um garoto que vai parar no hospital correndo risco de vida. O garoto espancado é um dos muitos que moram na periferia de Paris, povoado por imigrantes, vindos do norte da áfrica (Magreb) ou outras (ex?) colônias francesas. O fato dele ter sido impunemente espancado pela polícia inspira a revolta e o ódio no coracao de outros jovens, que, assim como ele, nao sao franceses “legítimos“.

Resultado: vandalismo, depredacao, revoltas, conflitos com a polícia, incêndio…

Até que um policial perde sua arma durante um desses eventos, um revólver, cheio de balas pedindo para serem disparadas, e quem acha essa arma é um jovem de descendência árabe. Este, junto com outros amigos da periferia, faz a promessa de que se o jovem que se encontra no hospital morrer ele irá entao matar um policial para igualar o placar.

"Dirigido por Mathieu Kassovitz (o namoradinho da Amelie), esse filme mostra a tensão existente na sociedade francesa no que diz respeito aos imigrantes. Uma verdadeira porrada na cara da sociedade. Com atuações viscerais, e uma fotografia suja, O ódio é, sem dúvida, um dos melhores filmes franceses dos anos 90. Aproveitem!"


 
Sinopse: ”The War You Don’t See” é uma investigação poderosa e oportuna sobre o papel da mídia na guerra, traçando a história das reportagens independentes e incorporadas, da carnificina da Primeira Guerra Mundial, à destruição de Hiroshima, e desde a invasão do Vietnã à atual Guerra do Afeganistão e o desastre no Iraque. Como as armas e propaganda se tornam ainda mais sofisticados, a natureza da guerra está se desenvolvendo em um “campo de batalha eletrônica”, em que os jornalistas desempenham um papel fundamental, e os civis são as vítimas. Inclui uma entrevista com Julian Assange, fundador e editor-chefe de WikiLeaks.

Quando: 07, 10 ou 11 de setembro.
Horário: à combinar.
Local: talvez na sua sala é só me ligar.

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

3ª Sessão: se você não viu, tem que ver!


“O público tem que fazer suas próprias cenas, e qualquer coisa que eu mostre significa diminuir a fantasia do espectador”

Sinopse

Um dia Georges (Daniel Auteuil e sua esposa Anne (Juliette Binoche) recebem uma fita de vídeo com imagens de sua casa, que fora filmada por uma câmara instalada na rua. Depois disso começam a receber desenhos sinistros. Assustado, o casal tenta descobrir o autor daquelas misteriosas ameaças que perturbam a paz de sua família. Logo percebem que quem os persegue conhece mais sobre o seu passado do que eles poderiam esperar.

Local: onde chamarem.
Hora: à combinar.
Dia: 04 de agosto (domingo).

sábado, 13 de agosto de 2011

Sessão: Cine Rock


Rude Boy / The Clash: é um filme/documentário, focando a banda punk britânica The Clash. O roteiro inclui a história ficticia de um fã sobre reais manifestações públicas e shows do Clash. Dirigido por Jack Hazan e David Mingay, e roteiro de Ray Gange. Elenco: Dave Armstrong , Barry Baker and Terry Barry.

Sinopse: O filme conta a história de um fã da banda, que acaba virando roadie, tudo recheado de boas performances do The Clash, com Joe Strummer já mostrando sua desenvoltura frente ás câmeras, com sua verborragia política, sempre de maneira não forçada, bem natural dele.

Dia: proponho 14 ou 15 de agosto.
Local: Onde convidarem.
Horário: À combinar.

Nova temporada...

Cine Club Sala Vazia voltará com tudo neste semestre, com uma seleção de filmes imperdíveis para todos os gostos. Quem sabe a próxima sessão será em sua sala, aguardem!

quinta-feira, 5 de maio de 2011

Sessão: Cidades.


A historia acontece no momento da euforia desenvolvimentista provocada pela instalação de indústrias automobilísticas estrangeiras no Brasil, no final dos anos 50. Conta a história de Carlos, um jovem da classe média paulistana, que ingressa numa grande empresa. Logo depois, ele aceita um cargo numa fábrica de auto-peças, da qual torna-se gerente, e cujo patrão é sonegador de impostos e tem várias amantes. A certa altura, ele é um chefe de família que trabalha muito, ganha bem, mas vive insatisfeito. Sem um projeto de vida ou perspectivas para mudar a condição que rejeita, só lhe resta fugir.

Saiba mais sobre o filme na Revista Contracampo.

Exibição: 07 de maio sábado, onde convidarem, horário à combinar.

segunda-feira, 11 de abril de 2011

Sessão Underground


Na linha de This is England, o filme que foi lançado em 2009 Awaydays. Baseado no livro de Kevin Sampson, que retratava fielmente a cena Casual, que surgiu no final dos anos 80 na Inglaterra. Em Awaydays, um grupo de amigos reune-se á volta de futebol, roupa desportiva, música, copos e alguma porrada com grupos rivais. Enfim, estavamos nos anos 80, Margaret Tatcher governava com a sua mão de ferro e os jovens tinham-se de entreter com alguma coisa. Vivia-se muito na rua e nela havia códigos próprios que surgiam diariamente entre os jovens ingleses. O punk ardeu rápido, o mod revival já era e o Casual nascia nesse preciso momento, inspirado nas viagens dos apoiantes/supporters ás competições européias de futebol das equipas inglesas que traziam para as ilhas o último grito das marcas desportivas italianas e do norte da europa. A trilha sonora fica por conta de Joy Division, The Cure e demais bandas pós-punk.

Exibição: 16 ou 17 de abril.
Local: onde convidarem.
Horário: à combinar.

quarta-feira, 6 de abril de 2011

2ª Sessão: se você não viu, tem que ver!


A simples realização de “Arca Russa” (Russkij Kovcheg, Rússia/Alemanha, 2002) já seria suficiente para inscrever o nome do cineasta Alekxandr Sokurov em uma nova página da história do cinema. A rigor, o longa-metragem nem precisava ser bom para conseguir marcar esse tento. É simples: “Arca Russa” consegue a proeza tecnológica de ter um único plano-seqüência. Ou seja, o filme inteiro numa tomada única. São 97 minutos gravados em um só fôlego, sem cortes. Uma proeza tecnológica fenomenal. Quanto a isso, não há discussão. Mas o projeto leva, sim, a uma série de reflexões acerca da natureza da arte cinematográfica.

Muita gente acredita que “Arca Russa” oferece uma pista inequívoca daquilo que poderá ser o futuro do cinema. Como grandes clássicos do passado (“Cidadão Kane”), o trabalho de Sokurov exigiu que um equipamento especial fosse adaptado para poder realizar o projeto ambicioso. O cineasta e o diretor de fotografia, Tilman Büttner, tiveram que inventar uma maneira de captar as imagens de forma 100% digital. Essa tecnologia já existia, mas não a possibilidade de gravar 97 minutos de filme sem cortes. O filme digital, em tese, teria que ter cortes. Por isso, a câmera utilizada no longa precisou ser ligada a um disco rígido especial, que armazenava os dados digitais à medida em que as cenas iam sendo captadas.

A suntuosidade do projeto também exigiu uma coreografia monumental. Não é admirar que Sokurov tenha sonhado com o projeto durante 15 anos, e que nada menos do que sete meses tenham sido gastos apenas para montar a coreografia do trabalho, que foi gravado em um único dia: 23 de dezembro de 2001. Por sinal, o filme tinha mesmo que sair naquele dia, querendo ou não, pois o Hermitage só permitiu o projeto porque não precisaria fechar a casa por mais tempo.

Um breve resumo do enredo, acrescido de alguns números, podem dar uma idéia do tamanho hercúleo da tarefa. O longa narra um passeio de dois personagens por 35 salas, pátios, corredores e escadas do museu Hermitage, em São Petersburgo (Rússia). Não é uma tour comum; nela, 3 mil figurantes, todos devidamente caracterizados com os figurinos pomposos, característicos da monarquia russa, encenam grandes e pequenos momentos de 300 anos da história do país, entre os séculos XVII e XX. Os espectadores ficam conhecendo personagens históricos como os czares Pedro o Grande, Catarina a Grande, Catarina II e Nicolau.

Do ponto de vista técnico, portanto, o projeto é capaz de fazer uma campanha logística como a responsável pela trilogia “O Senhor dos Anéis” parecer festa de aniversário de criança. Além disso, a fotografia, a cenografia e os figurinos se casam maravilhosamente, gerando um filme rico de conteúdo e com imagens de beleza plástica inconfundível. Sokurov logra sucesso em um dos objetivos declarados de “Arca Russa”: retratar o museu Hermitage como uma espécie de repositório orgânico, quase vivo, da cultura de um povo. O filme atinge admiravelmente esse propósito, inclusive quando realiza a crítica dessa mesma cultura, através do enigmático personagem do Europeu (Sergei Dreiden). Ele não economiza ironia, ao comentar sobre a vontade dos monarcas russos em copiar os franceses.

Quando se deixa de lado a parte técnica do filme, porém, sobram questões que merecem reflexão. Há uma pergunta que parece fundamental: por que “Arca Russa” precisou ser filmado em uma tomada só, sem cortes? Qual a razão para a utilização dessa técnica específica? Será que o trabalho ficaria pior se fosse filmado de modo tradicional? Essa pergunta permanece sem resposta. Projetos que tentaram experiências parecidas (“Festim Diabólico”, de Hitchcock, e o recente “Timecode”, de Mike Figgis) tinham justificativas mais sólidas. A película de Hitchcock necessitava de um encapsulamento rigoroso dos limites de tempo e espaço, para gerar a tensão necessária no espectador. Já o trabalho de Figgis tem uma semelhança muito maior com o longa de Sokurov, pois inclusive foi filmado com tecnologia digital de captação de imagens. Mas “Timecode” recorta um mesmo período do dia e o narra em quatro janelas simultâneas que se abrem na tela do cinema. Portanto, a continuidade das imagens também é fundamental.

Em “Arca Russa”, nenhuma resposta a essa pergunta satisfaz inteiramente. Parece óbvio, entretanto, que Sokurov tenta travar um diálogo com uma geração anterior; particularmente, com Sergei Eisenstein. O mestre formalista foi o homem que elevou o conceito de montagem ao nível de arte. Através de obras como “O Encouraçado Potemkim” (1925), Eisenstein mostrou que o cinema criava significado através da justaposição de planos – ou seja, através do corte. Em outras palavras, que o significado que emanava do choque entre duas tomadas isoladas não estava, sozinho, contido em nenhuma delas. A cena de uma criança chorando não significa nada além disso. Um plano de um prato vazio também não. Juntas, essas duas imagens geram uma imagem mental na platéia: fome. Esse conceito foi, depois, ampliado e refinado pelos gigantes na arte do filme, como Stanley Kubrick. Todo o cinema contemporâneo presta tributo a Eisenstein.

Talvez “Arca Russa” tenha a pretensão de oferecer um caminho alternativo ao criador de “Potemkim”, porque, de fato, o trabalho de Sokurov consegue ultrapassar esse problema. Mesmo sem cortes, o conterrâneo de Eisenstein também consegue construir imagens mentais que não estão estritamente contidas nas cenas que vemos na tela. Os 30 minutos finais do longa são o melhor exemplo disso – e também o melhor momento do filme. Vemos a última ceia da família Romanov (evocando a Santa Ceia). Depois, o último baile dos nobres russos, antes da revolução de 1917. A saída das centenas de nobres do prédio principal, em silêncio, imprime uma sensação de nostalgia e desolação que correspondem, em última análise, à imagem mental que a montagem de Eisenstein sempre se preocupou em evocar. O fato de o Europeu avisar ao colega-câmera que não pretende deixar o lugar apenas reforça essa nostalgia. Trata-se do final de uma era, o último suspiro de um período. A calma antes da tempestade.

Nada disso teria sido alcançado sem a ajuda, repito, de uma coreografia rigorosa e nunca menos do que espetacular. Nos 97 minutos, a câmera percorre um caminho literalmente impossível, subindo escadas em espiral, passando por sobre o fosso da orquestra (que executa uma ópera para Catarina, a Grande), executando giros de 360 graus e realizando um verdadeiro balé no trecho final, durante o baile de gala dos Romanov, quando chega quase a levantar vôo. Essas proezas técnicas imprimem um ritmo um pouco mais ágil à narrativa, que possui (como qualquer outro filme que usa a noção de tempo real) uma progressão naturalmente lenta. A câmera praticamente não pára, mas também não acelera a ação. Consegue, assim, um meio termo interessante entre a narração e a reflexão. Por tudo isso, “Arca Russa” é um grande programa para os amantes de um cinema que procura algo novo, ao invés de apenas repetir fórmulas consagradas.

Fonte: Cine Reporter.

Data: 09 ou 10 de abril.
Horário: à combinar.
Local: Onde convidarem.

sexta-feira, 1 de abril de 2011

O que vem por ai...


São 97 minutos, não há cortes. E existem três mil figurantes e outros milhares de figurinos, representantes das épocas distintas. Foram quinze anos de idealização, sete de preparação e um dia de filmagens, 23 de dezembro de 2001. É simplesmente espantoso.

terça-feira, 29 de março de 2011

Sessão: se você não viu, tem que ver!


Desconfiança, impotência, egoísmo, dor, ódio e, principalmente amor, são os catalisadores da vida dos personagens que somos levados a conhecer.

Quando crianças Jimmy Markum (Sean Penn), Dave Boyle (Tim Robbins) e Sean Devine (Kevin Bacon) eram garotos normais aprontando na vizinhança. Um dia, flagrados por um policial, Dave foi forçado a entrar num carro, num acontecimento que mudaria sua vida e, indiretamente, a de seus amigos.
Mas isso é passado. Hoje adultos, os três seguem suas vidas de formas distintas até que um novo evento trágico faz com que seus caminhos se cruzem de maneira inesperada, demonstrando o quanto assuntos mal resolvidos podem reverberar, não importando o tempo.

Mas a película de Eastwood não é veículo para lições de moral simplistas. Quanto mais conhecemos sobre os personagens, mais nuances descobrimos sobre eles, menos claros e unidimensionais eles se tornam. Cada camada revelada leva o espectador a novas possibilidades, identificações ou mesmo repulsa com relação ao trio. Tudo muito verdadeiro, cru e forte. Em especial a presença da morte e suas consequência diante daqueles que amam alguém que se foi recentemente. Inclusive a fé, em um plano mais sutil, porém onipresente em atitudes, cenários e até mesmo no corpo de um dos personagens, permeia de significado as atitudes de todos.

Atitudes que demonstram o quão apavorante pode ser, não a vida real, mas nós mesmos. Que por trás de camadas e camadas de regras e aparências sociais, escondemos nossos demônios. Saem-se melhor aqueles que sabem lidar com isso, perdem aqueles que preservam sua inocência.

Claro, nem tudo é perfeito na condução do filme. Há momentos nos quais tudo parece tender a degringolar pelo óbvio. Sim, não é impossível desvendar o desfecho da trama. Mas nem isso anula (embora abale um pouco) o impacto do que fora construído na primeira metade do filme. Se há previsibilidade em certos desenrolares, ela acaba servindo para, de certa maneira, reforçar a impotência diante da inevitabilidade.

Se você quer diversão descerebrada, passe longe. Mas se quiser sair incomodado, descubra o que há Sobre meninos e lobos. Afinal, cinema não é meramente entretenimento.

Fonte: Omelete.

Data: 02 ou 03 de abril.
Horário: à combinar.
Local: onde convidarem.